Essa newZletter é o espaço em que eu falo sobre minha relação com o mundo do trabalho, sobre insights e outras aleatoriedades que envolvem a vida, principalmente a profissional. Toda semana, venho conversar sobre 3 tópicos específicos e deixar seu dia mais leve.
Espero que você se identifique de alguma forma,
Nanda.
Tinha que ser o estagiário (ufa!)
Sabe aquela famosa piadinha tinha que ser o estagiário?
Pois é. Parece que o jogo virou!
Se um dia o estagiário era conhecido por ser um profissional que não sabe de nada e faz muita cagada, hoje, a internet mudou completamente de opinião.
Quanto mais cool a marca, mais você tem certeza que tem alguns bons estagiários na equipe, pois são eles quem tem as refs mais atuais e sabem como engajar o público nas redes sociais.
Olha o exemplo do Duolingo Brasil:
Desde que a marca se tornou social first, o número de usuários do aplicativo praticamente dobrou.
A empresa adotou um trabalho em tempo real de uso de memes e geração de conteúdo, por isso, qualquer novidade que surja na internet e vire assunto, o mascote do Duolingo estará lá para falar sobre.
Além de ser genial, requer muita coragem por parte da empresa, à medida que fazer um trabalho como esse não sobra muito tempo para passar por milhares de aprovações.
Se a culpa é do estagiário, não sabemos, mas foi ele quem levou os créditos.
As dores e delícias de morar no interior
Se assim como eu você também mora no interior, provavelmente já se pegou pensando se essa é a melhor escolha para sua carreira.
Isso porque, constantemente, temos a impressão de que “as melhores oportunidades” se concentram nas capitais e principalmente na cidade de São Paulo (sério, o LinkedIn parece uma máfia paulistana).
Agora, por outro lado, atravessar a cidade em 15 minutos, andar na rua sem todo aquele policiamento e, claro, conseguir pagar um aluguel sem comprometer toda a renda, não é algo fácil de abrir mão.
Mas tenho Boas Newz! 💡
Demos a sorte de nascer em uma época que existe uma rede de conexões globais que permite o compartilhamento instantâneo de dados entre dispositivos (ou, internet, se preferir).
A internet está tão presente no nosso dia a dia que às vezes esquecemos do seu poder de alcance. Lembra quando as pessoas usavam blogs para criar conexões reais (e não apenas hitar nas redes sociais)?
Na época, não fazíamos ideia como funcionava o mecanismo de pesquisa do Google ou sequer sonhávamos com TikTok, mas agora que sabemos disso tudo, talvez deveríamos aproveitar ao máximo.
Lembre-se: bons profissionais podem surgir de qualquer lugar, assim como boas oportunidades, graças a internet.
Definitivamente, nasci no tempo certo.
Falando nisso tudo…
Por fim, queria propor uma leitura diferente hoje. Já ouviu falar sobre A Última Crítica de Anton Ego?
O texto é conhecido por ser um discurso famoso de um personagem da animação Ratatouille — um crítico gastronômico que é bastante duro em suas avaliações.
Para quem nunca viu o filme, Remi é um rato que aprendeu a cozinhar assistindo ao programa do Chef Gusteau’s, cozinheiro de um dos maiores restaurantes de Paris e famoso pelo lema “qualquer um pode cozinhar”.
Na história, Anton Ego vai até o restaurante que Remi cozinha para avaliar um dos pratos e é surpreendido com o que encontra por lá — levando-o a fazer uma análise bastante sensível sobre o preconceito que temos com aquilo que é novo (no caso, um rato cozinheiro). 🐀🍳
No fim, felizmente, o personagem se rende aos processos criativos do rato Remi na cozinha.
A Última Crítica de Anton Ego
De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil. Nos arriscamos pouco e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação.
Ganhamos fama com críticas negativas, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que, nós críticos, devemos encarar, é que no quadro geral, a mais simples porcaria talvez seja mais significativa do que a nossa crítica.
Mas há vezes em que um crítico arrisca, de fato, alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade.
O mundo costuma ser hostil aos novos talentos, às novas criações. O novo precisa ser incentivado.
Ontem à noite eu experimentei algo novo; um prato extraordinário de uma fonte inesperadamente singular. Dizer que tanto o prato, quanto quem o fez, desafiam minha percepção sobre gastronomia, é extremamente superficial. Eles conseguiram abalar minha estrutura.
No passado eu não fazia segredo quanto ao meu desdenho pelo famoso lema do Chef Gusteau: “Qualquer um pode cozinhar”. Mas eu percebo que só agora, compreendo realmente o que ele queria dizer.
Nem todos podem se tornar grandes artistas, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar.”
Se você acompanhou a Newz até aqui, fico bastante feliz! Se você pulou todos os tópicos até chegar ao final… bom, acontece. Às vezes a gente tá meio sem saco. Qualquer coisa, salve ela nos seus favoritos para ler em um outro dia.
Ah, se você conhece alguém que pode gostar do texto de hoje, não deixe de compartilhar! Te encontro por aqui na semana que vem? :)